Foto de uma casa da pequena Aldeia de Covas - vouzela
O meu tempo é este, perdido entre o aqui e o agora, sou filho do vento que sopra por entre as árvores, e da chuva que alimenta a terra.
Os meus dias são parados e feitos de contemplações, entre os chocalhos dos animais e a brisa amena dos dias primáveris.
O presente é igual ao passado…dias dando lugar às noites sempre iguais, o verde dos campos alimentando os animais que me dão o alimento e são a minha companhia nos dias frios de inverno.
O tempo parou aqui e agora, existe o que sempre existiu, o progresso e a modernidade não têm lugar neste canto do mundo, onde as janelas estão fechadas e onde já não se houve o riso de uma criança.
Rostos envelhecidos e mãos calejadas pelas enxadas e paus. Olhos sem esperança e resignados ao abandono das gerações mais novas.
O tempo aqui parou como se tivesse congelado, dentro de um mundo onde não existe lugar para o antigo, um mundo perdido dentro de outro mundo, esquecido por todos excepto por DEUS.
